top of page
Buscar

Frutas e Suas Frescurites

  • Foto do escritor: Bru Preguiça
    Bru Preguiça
  • 22 de jan. de 2016
  • 6 min de leitura

Brosseau e Cordon (2000) apud Machado (2002) analisam os FLV (Frutas, Legumes e Verduras) como sendo compostos de duas grandes classes. A primeira é formada por produtos de menor perecividade, maior facilidade de controle econômica e usualmente localizada próxima aos produtores, de forma a minimizar dificuldades com logística, a exemplo da pera. O segundo grupo é caracterizado pela alta perecibilidade e complexidade de gestão, como o agrião.

  • Embalagem

Ainda conforme Negrão e Camargo (2008), a embalagem possui as atribuições de proteger e acondicionar, transportar, informar e identificar, promover e vender, formar e consolidar a imagem de determinado produto, ser funcional e valorizar o produto.


O tipo de material utilizado para embalar frutas e hortaliças dependerá do tipo de produto a ser transportado, do método de embalagem, do custo e da disponibilidade da mesma (BORDIN, 2000). O uso de embalagens adequadas é fundamental para assegurar a qualidade do produto. De acordo com Cerqueira-Pereira (2009), tem-se a impressão que o custo de embalagens aumenta o custo final do produto, porém, o que se observa é que a utilização de embalagens adequadas reduz os custos significativamente.


Para Cerqueira-Pereira (2009), na maioria das vezes os produtos são acondicionados em caixas confeccionadas em madeira, papelão ou plásticos. As principais características das caixas de madeira são a resistência e o baixo custo porém, por serem reutilizadas podem acumular resíduos, o que possibilita contaminar outros produtos. No caso do papelão, as características mais importantes são a não reutilização e o seu fundo liso, que minimiza a ocorrência de danos às FLV. Os plásticos estão presentes nas caixas, bandejas, filmes, sacos, etc. As vantagens das caixas plásticas são sua alta resistência e durabilidade; além disso, elas podem ser higienizadas para que sejam utilizadas novamente.


A portaria n. 127 do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, de 4 de outubro de 1991, estabelece as normas de utilização de embalagens para produtos agrícolas no Brasil. Entretanto, ela estabelece somente as dimensões internas das embalagens, não tratando da sua capacidade, qualidade, desempenho, aparência, dentre outros, o que causa grandes discrepâncias nesses aspectos (BORDIN, 2000).


As embalagens utilizadas com maior frequência são as caixas de plástico e de madeira e as sacolas plásticas para as hortaliças, tanto de alta quanto de baixa perecibilidade, e caixas de madeira, papelão e plástico para as frutas. Apenas 2,5% dos produtos são transportados sem qualquer tipo de embalagem. De fato, esses tipos de materiais nas embalagens são os mais usados no transporte de FLV (WATANABE; TREDEZINI, 2010; CERQUEIRA-PEREIRA, 2009; GARONE, 2009; LIMA-FILHO et al., 2008).


De acordo com Sato et al. (2005), a rotulagem de FLV é obrigatória e deve conter, também, informações sobre o produtor, região produtora, variedade e categoria de produto.

Quanto às dificuldades enfrentadas pelos transportadores e varejistas de FLV em rela- ção à embalagem, a mais frequente são os custos elevados, principalmente em se tratando de produtos de baixa perecibilidade. No caso da embalagem de frutas, as dificuldades elencadas tiveram menores percentuais que para os demais produtos. É interessante notar que, apesar das alternativas apresentarem percentuais baixos, no máximo 30% dos entrevistados disseram não haver dificuldades com a embalagem, sugerindo que há outras dificuldades, talvez até mais relevantes, que não foram abordadas neste estudo.




  • Armazenamento

A função da armazenagem de FLV é manter a qualidade do produto até o melhor momento deste ser colocado no mercado (GOMES, 1996). Segundo a autora, é necessário armazenar de maneira adequada as FLV, uma vez que suas atividades biológicas continuam em funcionamento após a colheita. O armazenamento adequado permitirá que o produto não perca rapidamente sua qualidade.

Para Gomes, pode-se escolher um armazenamento com controle da temperatura e da circulação e umidade relativa do ar, dependendo das condições financeiras, do tempo e da espécie do produto a ser armazenado. Pode-se optar, também, por um armazenamento com controle da composição atmosférica do local de armazenagem.

De acordo com Luengo et al. (2007), a vida útil das hortaliças diminui quanto mais elevada estiver a temperatura, pois a velocidade das reações bioquímicas aumentam, dessa forma o produto murcha e estraga mais rapidamente.


Os autores ainda apresentam quatro sugestões para se obter sucesso no armazenamento refrigerado de hortaliças:

a) apenas hortaliças sadias devem ser armazenadas;

b) o produto deve ser colocado em temperatura baixa logo após a colheita;

c) cada hortaliça precisa de condições específicas de temperatura e umidade relativa para seu armazenamento;

d) o produto deve estar ininterruptamente em baixa temperatura até ser consumido.


No processo de armazenagem de FLV, as hortaliças de alta perecibilidade ficam estocadas 2,36 dias, as hortaliças de baixa perecibilidade 6,24 dias e as frutas chegam a 4,37 dias. Os responsáveis pelo armazenamento, na maioria das vezes, são os funcionários dos estabelecimentos varejistas, seguido pelos próprios proprietários. A taxa de perdas na produção para os três tipos de produto são, respectivamente, 8%, 3,6% e 5,6%, valores considerados altos por quase 80% dos entrevistados.


Em se tratando do local utilizado para armazenar os produtos, cerca de 20% não armazenam, independente de ser transportador ou varejista. Isso pode estar relacionado ao fato desse tipo de produto ter um alto nível de perecibilidade, fazendo com que seja quase inviável manter estoques. Estudo conduzido por Lima-Filho et al. (2008), mostrou que atacadistas não trabalhavam com estoques de uva por este produto apresentar diferenças na aparência de um dia para o outro quando não armazenados em câmaras frias.


Dos que armazenam, desconsiderando a geladeira/freezer que são usados 36% das vezes para FLV de maior perecibilidade e 40% para as de menor perecibilidade, não há diferença significativa entre os dois tipos de FLV para as outras opções de armazenagem. Cerca de 40% utilizam galpão, 35% câmara fria, 32% resfriador e, por último, 28% fazem uso da dispensa; lembrando que a soma desses valores ultrapassa 100% porque os respondentes poderiam escolher mais de uma opção.


Quanto às dificuldades enfrentadas pelos transportadores e varejistas de FLV em rela- ção à armazenagem, a falta de espaço adequado e os custos elevados foram os problemas mais citados. Isso ocorre porque esses produtos exigem cuidados especiais no armazenamento, muitas vezes precisando de refrigeração. (GARONE, 2009; CERQUEIRA-PEREIRA, 2009; LIMA-FILHO et al., 2008).


  • Transporte

Quando se trata de FLV, a atividade de transporte ganha ainda mais importância, uma vez que os produtos são altamente perecíveis e suscetíveis a danos. De acordo com Sanches (2004), cerca de 40% das frutas são perdidas durante o transporte.

Conforme Gomes (1996), as frutas e hortaliças, dependendo de suas características, podem ser transportadas embaladas ou a granel, desde que em modais adequados (rodoviário, ferroviário, aéreo ou marítimo-aquaviário). A escolha dependerá da distância a ser percorrida (LUENGO et al., 2007).


No Brasil, os principais meios utilizados para transportar produtos da horticultura são o caminhão e a caminhonete, mas alguns também são transportados em automóveis comuns. Apesar de o transporte desses produtos ter evoluído ao longo dos anos, ainda existe a predominância de transporte em caminhões cobertos com lonas, sem controle de temperatura (LUENGO et al., 2007).


Para Cerqueira-Pereira (2009), o transporte, principalmente de frutas, em veículos inapropriados é devido à inexistência de uma legislação para o transporte de produtos perecíveis no Brasil. Muitas vezes os produtos são transportados em veículos que não possuem as mínimas condições necessárias, sem suspensão apropriada para o transporte desses tipos de produtos.


De acordo com Luengo et al. (2007), alguns procedimentos simples podem ajudar a conservar os produtos em boas condições durante o transporte como, por exemplo, realizar o transporte nas horas mais frias do dia, ou então transportá-los à noite, amarrar as caixas firmemente para evitar quedas e, consequentemente, danos aos produtos, deixar um espaço para a ventilação interna e distribuir a carga na ordem inversa de descarga. Além disso, recomenda-se não transportar simultaneamente produtos incompatíveis para que a carga não seja prejudicada.


Para o transporte desses produtos, os principais meios utilizados para FLV de maior perecibilidade são o caminhão aberto (52,72%) e o caminhão fechado (26,09%), já para FLV de menor perecibilidade são o caminhão fechado (41,21%) e caminhão aberto (36,97%). Percebe- -se que para FLV de maior perecibilidade, o principal meio é o caminhão aberto seguido pelo caminhão fechado, e para FLV de menor perecibilidade ocorre o inverso. A utilização de caminhões foi observada em vários estudos, na maioria das vezes sendo abertos cobertos com lona (SILVA, 2010; CERQUEIRA-PEREIRA, 2009; MORETTI, 2003).


O transporte refrigerado também é utilizado em dias excepcionalmente quentes, longas distâncias e algumas frutas específicas (COSTA, 2009).

Quanto aos cuidados tomados durante o transporte para garantir a qualidade dos produtos, 90% se contentam com cuidados no manuseio e cerca de 60% utilizam refrigeração ou lona como cobertura.


s e com maior qualidade nas gôndolas. Quanto às dificuldades enfrentadas em relação ao transporte, é interessante notar que as opiniões divergiram entre transportadores e varejistas. Apesar de ambos elegerem como a maior dificuldade os custos elevados, o que também aconteceu em outros estudos (SILVA et al., 2010; BOAS; ALFATIN, 2005), os transportadores dão maior peso para a qualidade das estradas enquanto os varejistas culpam os atrasos nas entregas ou mesmo a falta de funcionários.




Fontes: site01 , site02 e site03.


 
 
 

コメント


Posts  
 Recentes 
Sobre
 

Um blog voltado para a logística e como ela está presente em nossas vidas diariamente. Fatos, curiosidades e acima de tudo informações sobre esse grande enigma chamado logística.

  • Facebook Basic Black
  • Twitter Basic Black
  • Google+ Basic Black
Contato
 

Email: brunamelatoc@hotmail.com para contato ou mande para nós sua dúvida aqui mesmo no site.

Sua mensagem foi enviada com sucesso!

bottom of page