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Logística Off Shore

  • Foto do escritor: Bru Preguiça
    Bru Preguiça
  • 5 de jan. de 2016
  • 6 min de leitura

Segundo Cardoso (2004), o “apoio logístico terrestre e offshore” têm como finalidade, garantir o deslocamento de pessoas e materiais até as unidades marítimas (sondas de perfuração e plataformas), dentro de prazos pré-estabelecidos e com o melhor custo. Além disso, o apoio logístico é responsável em retirar destas bases marítimas, os materiais e resíduos sólidos inservíveis, de forma a ser dada a correta destinação final.

Logística de Apoio Offshore pode ser dividida em três grandes tipos de operações: Logística de Cargas, Logística de Passageiros e Serviços.

  • Logística de Cargas: É responsável por movimentar todo tipo de carga necessária para a operação de perfuração e produção das unidades marítimas. Essas cargas podem ser separadas em três tipos: carga de geral (tubos, rancho, materiais químicos, ferramentas, equipamentos submarinos, etc), granéis sólidos e líquidos (cimento, baritina, bentonita, fluido de poços, água, etc) e óleo diesel.

  • Carga geral: Cargas muito diversificadas (desde parafuso até árvore de natal molhada), que são embarcadas no convés das embarcações e vão diretamente para as unidades marítimas. Vale ressaltar que a operação é fortemente impactada por emergências, principalmente das unidades de perfuração.

  • Granéis sólidos e líquidos: Os produtos são enviados diretamente para seu destino por embarcações do tipo PSV, após armazenamento em plantas nos portos de atendimento offshore. É importante citar que a quantidade reduzida de SKU’s e a forma em que são armazenados permite que boa parte do estoque possa ser posicionada no porto.

  • Óleo diesel: Dependendo da escala da operação, a demanda desse produto pode ser atendida por embarcações de apoio, que são abastecidas em um hub marítimo. Caso contrário, os PSVs recebem o óleo no fundeio ou atracados no berço para atender as unidades marítimas.

  • Logística de Passageiros: Trata da movimentação de pessoas entre o continente e as unidades marítimas. Essa operação é realizada por helicópteros e tem grande foco na segurança operacional.

  • Serviços: São embarcações que prestam serviços para as unidades de produção e perfuração. Esses serviços variam desde movimentação de âncoras e unidades até combate a incêndios ou vazamentos de óleo.

Etapas do processo

Requisição de Transporte

A Requisição de Transporte é o documento que dá início ao processo de transporte de materiais. A RT é emitida pelo proprietário do material através do sistema de gestão empresarial (SAP) para que o material possa seguir corretamente até o seu destino. A requisição de transportes deve conter os seguintes dados: descrição do material; dimensões; peso; quantidade; valor unitário; local de origem; local de destino; modal de transporte; requisitante; prazo para o atendimento. (CAIXETA-FILHO, 2010). Após o preenchimento dos dados, é gerado o número da RT que ficará disponível ao pessoal do armazém, que assim, poderão encaminhar o material para o processo de unitização.


Armazenamento

Segundo Leite (2000), nos armazéns é possível destacar as seguintes etapas.

a) Armazenamento: é a guarda do material. Nesta etapa, a mercadoria fica acondicionada em local adequado, de acordo com suas necessidades específicas (exemplo: local coberto e isento de poeira), com o objetivo de manter sua funcionalidade e qualidade até o momento de sua utilização. Para isso, se classificam os materiais em famílias, onde cada família possui um endereçamento nos armazéns, sendo armazenada sempre no mesmo local, que foi pré-definido de acordo com suas necessidades;

b) Separação: quando da emissão de uma RT, o pessoal do Armazenamento inicia o processo de separação. Separação nada mais é do que retirar dos armazéns e separar os materiais e quantidades solicitadas na RT para envio a uma determinada unidade marítima. Esta atividade é conhecida também como picking; 4

c) Expedição: é a atividade de enviar os materiais separados para o destino. No caso da logística de Apoio na indústria do petróleo, a atividade de expedição geralmente tem como destino a área de Unitização, onde o material separado é preparado para o envio ao destino final.

A unitização, geralmente, é uma área localizada em anexo ao armazém.

Unitização de cargas

Na Unitização, os produtos são agrupados em embalagens superiores (maiores), a fim de facilitar e agilizar a movimentação das cargas, de forma a movimentar vários materiais de uma só vez. Outra função da Unitização é a conservação e proteção dos materiais embalados. Segundo Cardoso (2004), o processo de unitização no setor de petróleo e gás pode ser assim definido:

a) Caixa metálica: contentor com abertura na face superior, utilizado para carga geral;

b) Cesta metálica: cesta utilizada para unitização de perfilados (perfis metálicos, tubos, calhas, etc;

c) Skid: estrutura metálica que serve de suporte para cilindros de gases industriais (oxigênio, acetileno, etc.);

d) Container fechado comum: equipamento totalmente fechado, utilizado para cargas secas;

e) Container frigorífico: equipamento utilizado para a unitização de alimentos para suprir a mão-de-obra que está a bordo das unidades marítimas.

Após a Unitização, os materiais são liberados para que a área de Transporte Terrestre possa programar o envio para os portos. Para esta programação, é necessário conhecer as características da carga, ou seja, as dimensões e pesos dos materiais para que se escolha o veículo adequado para o transporte. No caso de materiais para o embarque aéreo, geralmente são transportados por veículos leves, tais como pickups e vans, por se tratarem de materiais de pequeno porte.

Já os materiais de grande porte, que seguem para o embarque marítimo, realizam o trajeto armazém-porto através de veículos pesados, como caminhões e carretas. (CAIXETA-FILHO, 2010).


Porto Pré-embarque

Pré-Embarque é uma área de transferência do modal terrestre para o marítimo. Após chegar ao Pré-Embarque, a carga é inspecionada. Na inspeção são verificados vários pontos, tais como: avarias das cargas; lacres das embalagens; e requisição de transportes em relação ao material físico.

Se houver alguma não conformidade observada nesta inspeção, o material não será descarregado do caminhão e o proprietário do material é acionado para que realize as correções. Se não for possível corrigir, o material retorna à sua origem. No entanto, se a carga estiver dentro dos padrões pretendidos, ela é descarregada e encaminhada para a área de pré-embarque.

A requisição desta forma é carimbada e assinada pelo conferente, e no sistema SAP, a RT é atualizada em relação ao status do trecho terrestre, que é dado como atendido. E, em relação ao trecho marítimo, o status passa a ser liberado para programação.

Os materiais ficam sob guarda temporária na área de Pré- Embarque até que a área de programação do transporte marítimo aloque os mesmos em uma determinada embarcação. (LEITE, 2000). 2.2.5

Transporte marítimo

Nesta etapa é realizada a programação do transporte marítimo. Para isto é definido um cronograma de viagens de embarcações de forma que possa atender as unidades marítimas com uma freqüência mínima de duas vezes por semana. O agrupamento das unidades a serem atendidas, são definidas por sua distribuição geográfica. Desta forma, as unidades que se localizam na mesma região, serão atendidas pelas mesmas embarcações. (CAIXETA-FILHO, 2010).

Sobre os atendimentos emergenciais Caixeta-Filho (2010), complementa a explicação: “Podem existir ainda, os atendimentos emergenciais, neste caso, serão destacadas embarcações específicas para este atendimento”.




Backload

Os materiais ao serem transportados até as bases marítimas, e serem utilizados, precisarão retornar a terra. O backload consiste em retornar materiais, resíduos ou rejeitos destas unidades, propondo a destinação ou disposição final correta.

Segundo Caixeta-Filho (2010), entre os elementos que as operações de backload movimentam, pode-se destacar: ferramentas e equipamentos; embalagens de unitização reutilizáveis; resíduos e rejeitos.

Os resíduos e rejeitos gerados nas sondas e plataformas marítimas e que necessitam de disposição adequada, por conta de aspectos ambientais, são trazidos através das embarcações até o porto. Daí em diante, os resíduos seguem para a destinação adequada de acordo com o seu tipo.


Porto: Retroporto

O Retroporto é a área que tem por finalidade receber previamente as cargas desembarcadas e que deverão ser direcionadas posteriormente a destinos diversos.

Assim como na operação de pré-embarque, logo após a atracação da embarcação no porto, o conferente executa uma inspeção nas cargas de backload, seguindo um check-list, que orienta os pontos a serem observados. Os principais pontos são semelhantes aos inspecionados no pré-embarque, tais como: eslingas, condição da carga, descrição da RT e o material físico, inclusive quantidade. (LEITE, 2000).

Se estiver tudo certo após a conferência, o operacional do retroporto então analisa quais são as cargas que estão no convés da embarcação para definir quais os equipamentos de movimentação de carga que deverão utilizar no desembarque das mesmas. Segundo Cardoso (2004), os equipamentos mais utilizados, tanto na área de pré- embarque quanto no retroporto, são: guindastes telescópicos, guindastes de esteira e empilhadeiras.

Na área do retroporto, as cargas são dispostas separadamente de acordo com o tipo de material e destinatário da carga. Por exemplo, no caso de produtos químicos, existe uma área adequada, de acordo com a legislação, para o armazenamento temporário dentro do retroporto. Esta área deve possuir barreiras de contenção para proteção contra vazamentos, piso impermeável para que o produto não migre para o solo e contamine o mesmo, bem como sistema de sucção do produto caso haja vazamento. (LEITE, 2000).



Fontes: site e trabalho.

 
 
 

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